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Das avós e dos coçadores de pés
Zezinho (*), foi logo nos apresentando:
— Esta é a minha avó!.
— Olá, prazer em conhecê-la, minha avó! Opa! Espera aí, a senhora é a minha avó?
— Não palhaço, é a minha avó!
— Então, o que eu disse: minha avó! Olha, é a avozinha que eu queria, igualzinha eu imaginei. Que bom lhe encontrar!
— Palhaço, você não pode ter avó porque você já é grande!
— Mas quero uma avó! Onde você a comprou? Na feira?
— Ai, ai, ai! Vó a gente pede pra Deus!
— E como eu faço?
— Você tem de morrer, e aí fala com Ele e pede uma avó pra você!
— Mas se eu morrer? Como eu poderei conhecer a minha avó?
— Simples, pede para ela se matar que ela vai pro céu e vocês dois encontram-se.
E foi mais ou menos assim que começou a nossa história na visita de hoje. Zezinho recebeu-nos de braços e sorriso abertos. Com pensamentos filosóficos e complexos para um menino de cinco anos. Foi um dia com poucas crianças, típico de sábado. Mas, de encontros produtivos e surpreendentes.
Mas adiante, sabemos que tem pessoas que escolhem profissões engraçadas. Encontramos uma que era esperadora profissional, estava ali só esperando as boas notícias, e sabemos que elas chegaram. E há também as que são coçadoras profissionais, que coçam os pés e as mãos que é uma beleza. Uma destas foi a Mariazinha (*) que tirou risos dos doutores ao coçar as suas mãos, eita coçeirinha boa!
Entra quarto, sai quarto Lorenzo entendeu porque Sakê é tão famoso. Além de ser uma espécie rara de palhaço oriental, ele nas horas vagas é o dublê do Psy. Levantou os pelinhos dos braços e gritinhos dos fãs mais caloros na suas performances hospitalares.

E desta forma, a nossa visita de hoje entrou por uma porta e sai pela mesma, pois é o único lugar que a gente sabe entrar e sair.
Por Lorenzo e Sakê.
(*) Nome fictício do nosso pequeno paciente. Pois, por motivos de privacidade, não mencionaremos o nome das crianças, então optamos por chamá-las simplesmente de Zézinho, ao menos que esta se chame José. Neste caso, o chamaremos Joãozinho e ainda, se caso for do nome dela ser João, talvez a chamemos Huguinho. E as meninas, Mariazinha! Fica assim estabelecido para que a suas identidades sejam preservadas e que no futuro não ganhemos processos. Apesar que desde já, deixaremos claro que este blogue só trará os bons jogos. Aquelas intervenções que sejam dignas de menção.
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Estudou a arte do palhaço com Val de Carvalho (Doutores da Alegria), Cristiane Paoli Quito (École Philippe Gaulier), César Gouveia (Jogando no Quintal), Fernando Sampaio (La Mínima), Caroline Dream, Marcos Casuo, Alex Navarro (Cirque du Soleil) e integrou a equipa da primeira jornada de palhaços cuidadores do Brasil com o Dr. Patch Adams.
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