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Pacaembu recebe partida de futebol inusitada!
Os nossos palhaços Lorenzo e Fragolino estiveram presente neste evento histórico. Veja a reportagem de Daniel Castro para a Folha de São Paulo.
DANIEL CASTRO em 13/12/2015
Fonte: FOLHA DE SÃO PAULO
Foto: DJALMA VASSÃO/Gazeta Press
Palhaçada foi elogio, e ninguém reclamou de marmelada no Pacaembu. Na tarde deste domingo (13), um dos principais estádios de São Paulo recebeu um jogo de futebol disputado por palhaços.
A partida, que fez parte da Jornada do Património promovida pela câmara municipal de São Paulo, teve em vista resgatar eventos semelhantes realizados no local entre os anos 1950 e 1970.
Vestidos a caráter, os jogadores estavam mais preocupados em bular os colegas e divertir a plateia, formada principalmente por crianças, do que em marcar golos. A bola com 80 cm de diâmetro dificultou a tarefa no início.
Antes da partida, alguns faziam ‘networking’, outros reviam os amigos. Um dos poucos elementos boleiros do vestiário era o pandeiro, que dava ritmo ao pré-jogo, mas sem pagode.
Marcio Ballas, o João Grandão, 44, disse estar realizado por jogar no Pacaembu. “Palhaço sonha alto, mas nunca achei que seria possível”.
Os sapatos furados não preocuparam a organização do evento. Já o salto alto da performer Nany People, que cantou o hino nacional, sim. Um funcionário teve que lhe pedir para deixar o relvado na ponta dos pés.
Valia usar as mãos, fazer golos simultâneos e pedir atendimento médico, oferecido pelo grupo Doutores da Alegria. O juiz Margarida, famoso pelo uniforme cor de rosa e gestos exagerados, também fez sucesso com o público.
O jogo acabou com vitória do Laranjada sobre o Azulejo por 7 a 5. Ao som de “eu sou palhaço com muito orgulho, com muito amor”, a equipa levantou o troféu Marmelada de Ouro.
Ao final da partida, o palhaço Alípio, que pela primeira pisava num estádio de futebol, não lembrava se havia marcado golos. “Fiz um, sim, é que foi coletivo”, explicou depois. Ele deu razão ao filho Raul, 10, que assistiu ao pai das arquibancadas e disse preferir vê-lo no circo.
A secretaria de Cultura do município tentava organizar o evento há seis anos, mas esbarrava na agenda concorrida do Pacaembu. Sem receber jogos de futebol com regularidade desde que Corinthians e Palmeiras inauguraram as suas arenas, o estádio voltou a ver bola rolando.
Corintiana, a espetadora Maria Hortência, 62, não vê comparação entre os palhaços e o campeão brasileiro. “Só se for na alegria”, disse.
Veja a Reportagem na Gazeta Esportiva.
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Estudou a arte do palhaço com Val de Carvalho (Doutores da Alegria), Cristiane Paoli Quito (École Philippe Gaulier), César Gouveia (Jogando no Quintal), Fernando Sampaio (La Mínima), Caroline Dream, Marcos Casuo, Alex Navarro (Cirque du Soleil) e integrou a equipa da primeira jornada de palhaços cuidadores do Brasil com o Dr. Patch Adams.
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